domingo, 5 de agosto de 2012

SUL 2 realiza discussão sobre o Exame do CREMESP

No dia 05 de agosto, no Diretório Central dos Estudantes da UNIFESP, 10 Centros e Diretórios Acadêmicos (CAPB-Unifesp; CAPS-Unesp; CAAL-Unicamp; CAMA-Sta Casa; CACTI-Uninove; CAMSA-Ufscar; CAEZ-Famerp; CARE-Fameca; DASP-Puccamp; CAMU-Unicid) reuniram-se e debteram a questão da obrigatoriedade do Exame do CREMESP. 

Já há pelo menos dois debates acerca do tema marcados: dia 09/08 na Unesp Botucatu e no dia 17/08 na Usp São Paulo. 

A maior dificuldade de debater o tema nas locais colocada pelos estudantes presentes tem sido o argumento senso comum de "proteção da população dos profissionais ruins", questão que seria milagrosamente resolvida por uma simples prova no final da graduação. Acreditamos que não haja discordância entre os estudantes, ou entre entidades médicas, de que a qualidade do profissional da saúde que está se formando (assim como de qualquer outro profissional) é sim uma preocupação de extrema importância. No entanto, uma avaliação externa e objetiva ao final da graduação não é capaz de dar o parecer final sobre a qualidade de um profissional. Tampouco a qualidade do médico garante a qualidade do atendimento médico nos serviços de saúde. É de conhecimento geral as condições precárias de trabalho às quais os profissionais da saúde estão submetidos.

Também foi questionada a própria autonomia universitária. Se a abertura e funcionamento da escola médica foram aprovados pelo MEC e se essa escola nos acompanha e avalia ao longo de seis anos, porque com a aprovação da minha universidade e com um diploma reconhecido pelo MEC eu ainda não posso exercer minha profissão? Obviamente entendemos que os critérios utilizados atualmente para aprovar a abertura de novas escolas é duvidoso e que mesmo as escolas tradicionais estão com condições de ensino preocupantes, mas uma solução mais inteligente e eficiente para resolver isso seriam avaliações decentes dentro das instituições de ensino superior e uma fiscalização criteriosa das condições de ensino dessas instituições pelo Ministério da educação (o que inclui condições de assistência estudantil, hospital universitário, corpo docente etc).

Dentre os outros argumentos que surgiram tivemos vários dos já acumulados historicamente por nossa Executiva e que serão bastante explorados nos debates que estão por vir.

Como encaminhamentos tivemos:
1) Indicação para as locais marcarem discussões sobre o tema, seja numa reunião ordinária do centro ou diretório acadêmico seja num debate organizado com presença de um representante do CREMESP e um representante da DENEM, com a perspectiva de serem feitas Assembléias Gerais para que seja tirada uma posição oficial dos estudantes das universidades.
2) A Coordenação Regional SUL 2 se compromete a entrar em contato com os outros Conselhos Regionais de Medicina para saber a posição oficial destes, visto que as informações sobre isso são muito conflitantes.
3) Locais que estejam com seus órgão representativos em condição legal apropriada, serão incentivados a denunciar a ilegalidade da ação do CREMESP ao Ministério Público Federal, sendo que as dúvidas em relação a isso poderão ser mandadas no e-mail sul2@denem.org.br
4) Danção ficou responsável por entrar em contato com a Executiva de Direito para tentar conseguir apoio.

Ressaltamos que as discussões sobre o tema por nossa regional não se limitará a esse primeiro encontro que estamos fazendo hoje. Fiquem atentos para as próximas reuniões e debates que serão divulgados nas listas de e-mail e em nosso blog!

Saudações estudantis,
Coordenação Regional SUL2

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